Maçonaria


MAÇONARIA
(o que o iniciando deve saber)
 
A palavra Maçonaria é de origem francesa (Maçonnerie) e seu membro é chamado de Maçon, Maçom, ou pela forma aportuguesada mação. No Brasil, o Maçom é chamado também de "livre-pensador".
Maçom quer dizer pedreiro, membro da Maçonaria, chamado também de pedreiro-livre, do francês franc-maçon ou do inglês free-mason, nome dado aos construtores e artesãos que não eram subordinados aos feudos.

A origem da Maçonaria é, sem dúvida, a corporação de ofício da Idade Média, tanto que é ela, em seu estudo histórico, dividida em Maçonaria Operativa e Maçonaria Especulativa.

A Maçonaria Operativa, oriunda remotamente dos colégios de artesãos romanos, floresceu na Idade Média junto às grandes Catedrais, preservando a Arte da Construção. Já nessa época, por motivos profissionais, procuravam guardar em segredo suas atividades artesanais, criando sinais de reconhecimento entre si. Os maçons operativos se reuniam em "Lojas", que faziam às vezes de depósito, junto às construções, aparecendo o termo "Loja" a partir do século XIII.

A Maçonaria Especulativa começa a emergir a partir da decadência das grandes construções da Idade Média, quando, então, começam a ser aceitos nas corporações de ofício, não apenas profissionais, não apenas elementos aptos na arte de construir, mas hermetistas, filósofos, cientistas e outros pensadores. Provavelmente, o primeiro maçom aceito ( John Boswell ) o foi em 1600, na Loja da Capela de Santa Maria em Edimburgo, Escócia. A partir do século XVII, recrudesceu e proliferou as Lojas dos Maçons Aceitos.

Já no início do século XVIII era grande o número de Lojas compostas apenas pelos Maçons Aceitos, quando se reuniram quatro delas, em Londres, formando a primeira Grande Loja, aos 24 de junho de 1717; ficando esta data institucionalizada como a da fundação da Maçonaria Moderna, da forma que hoje a entendemos. Foi justamente o ingresso dos Maçons Aceitos, muitos deles egressos de grupos hermetistas e filosóficos, o que dá a impressão a muitos da milenaridade da Maçonaria, posto que eles trouxeram para seu seio motivos de diversas correntes filosóficas, herméticas, religiosas, enfim, de todo caráter do pensamento humano cuja origem é efetivamente milenar.

Os objetivos da Maçonaria podem ser conhecidos por qualquer pessoa, basta ler os seus princípios, constantes da Constituição do Grande Oriente do Brasil, regularmente inscrita em Cartório de Registro Público.
Vejamos o que ela diz:

"A Maçonaria é uma instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e evolucionista. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade. Seus fins supremos são: LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE."
Iniciática porque exige para o ingresso determinados rituais, que dão ao candidato o conteúdo de sua mística, não de seu possível misticismo, que não existe.

Filosófica porque pesquisa as causas primeiras, procurando a essência do Homem, da Natureza, do Universo e seu relacionamento.

Filantrópica porque como "amiga do homem", procura auxiliá-lo, não apenas no sentido da ajuda física, beneficente, mas, principalmente, na ajuda à sua formação moral, intelectual e social. "Ensina a pescar".

Progressista porque não aceita a estagnação do homem neste planeta.

Evolucionista porque, não aceitando dogmas, não opõe obstáculo à busca da Verdade, não reconhecendo limites para sua pesquisa, a não ser a da Razão, na pesquisa científica e filosófica.

Afirma que o intelecto se sobrepõe aos interesses materiais. As coisas que se referem à Mente se sobrepõe ao Corpo. A Energia impulsiona a Matéria.

Quando afirma que seus fins supremos são, Liberdade, Igualdade e Fraternidade, as coloca em um tripé de mesmo valor, posto que a Liberdade deve ser total, mas com os limites que não permitam a libertinagem ou a exploração de um homem por outro; por outro lado a Igualdade é essencial entre Irmãos, e os homens o são. Igualdade de direitos e obrigações, mas sem que se chegue ao extremo de tolher a Liberdade do Homem nas suas iniciativas próprias.

E, a única forma de manter o equilíbrio entre os dois primeiros termos, Liberdade e Igualdade, necessário se faz outra base do tripé, pois caso contrário o edifício social não se mantém, é a Fraternidade que une todos os Homens, não permitindo as distorções morais e sociais que podem acontecer na exacerbação dos dois primeiros termos.

Além disso, diz ainda a referida Constituição, que a Maçonaria "condena a exploração do homem, os privilégios e as regalias, enaltecendo porém, o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à Humanidade; afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito maçônico; combate a ignorância, a superstição e a tirania;

Proclama que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um; defende a plena liberdade de expressão de pensamento, como direito fundamental do ser humano, admitida a correlata responsabilidade; reconhece o trabalho como dever social e direito inalienável; julga-o dignificante e nobre sob quaisquer de suas formas;

Considera Irmãos todos os Maçons, quaisquer que sejam suas raças, nacionalidades, convicções ou crenças; sustenta que os Maçons têm os seguintes deveres essenciais: amor à família, fidelidade e devotamento à Pátria e obediência à lei; determina que os Maçons estendam e liberalizem os laços fraternais que os unem a todos os homens pela superfície da terra; recomenda a divulgação de sua doutrina pelo exemplo e pela palavra, e combate, terminantemente, o recurso à força e à violência para a consecução de quaisquer objetivos; adota sinais e emblemas de elevada significação simbólica que são utilizados em suas oficinas de trabalho e servem para que os Maçons se reconheçam e se auxiliam onde se encontrem.

As condições para ingressar na Ordem Maçônica também constam da mesma Constituição, conforme segue: "ser do sexo masculino; ser maior de vinte e um anos; possuir instrução que possibilite compreender e aplicar os princípios da instituição; ser hígido e não ter defeito físico que o impeça de praticar atos de ritualística Maçônica; ter bons costumes, reputação ilibada e estar em pleno gozo dos direitos civis e não professar ideologia contrária aos princípios da Ordem; ter condição econômico-financeira que lhe assegure a subsistência própria e de sua família, sem prejuízo dos encargos maçônicos e ter pelo menos, um ano de residência no local de seu domicílio."

O candidato deve ter uma concepção de um Princípio Criador, não importando, contudo, de qual forma o conceba, sendo este um problema de foro íntimo. As exigências, algumas em virtude da tradição, outras legais por atos que possam ser praticados, algumas de ordem moral, e outras ainda em conseqüência do mundo em que vivemos.

Mas, não basta querer ingressar, é necessário ser convidado por um membro de uma Loja Maçônica, sendo feita uma investigação na vida do candidato, após o que para ser aceito não pode ser rejeitado por uma maioria qualificada presente no dia de seu julgamento.

A pretensão da Maçonaria é buscar cidadãos com condições mínimas, de conduta e intelecto, burilando-os para a construção de um mundo melhor, onde haja Justiça para toda a Humanidade.
Pode-se dizer, sem medo de errar, que o Maçom há de ser um Construtor Social.

A Maçonaria, dentro de sua Universalidade, admite uma grande diversidade de posições filosóficas, desde que não sejam extremistas, razão porque nela existem ritos deístas, teístas e agnósticos ou adogmáticos. A tolerância é uma viga mestra dos princípios Maçônicos.

Nas Grandes Lojas existem certas restrições a esta diversidade, mas nos Grandes Orientes ela é ampla, restringindo apenas os extremismos fanáticos, que ferem seus princípios.

Há diversas cerimônias que podem ser assistidas por pessoas que não sejam membros da Ordem Maçônica, tais como comemorações cívicas, palestras, conferências, Reconhecimento Matrimonial, Adoção de "Lowtons" (menores filhos ou netos de Maçons) e Pompas Fúnebres.

Temos Maçons ilustres e conhecidos do grande público em todo o mundo, podendo ser citados: George Washington, Winston Chuchill, Jacques Miterrand, Simon Bolivar, Franklin Delano Roosevelt, Voltaire, Artigas, Francisco Miranda, San Martin, Giuseppe Garibaldi, O'Higgins, Benjamin Franklin, Benito Juarez, Mozart, Byron, e entre os brasileiros podemos citar: Rui Barbosa, Duque de Caxias, D. Pedro I, Gonçalves Ledo, Luiz Gama, Bento Gonçalves, Barão do Rio Branco, Silveira Martins, Cônego Januário da Cunha Barbosa, Frei Sampaio, Frei Caneca, Padre Diogo Feijó, José Bonifácio, Hipólito da Costa, Benjamin Cons-tant e muitos outros.

E, por esta simples relação, vemos que são pessoas que sempre se envolveram em movimentos a favor dos direitos da Humanidade, dos movimentos sociais e libertários. Entre outros feitos da Maçonaria, por seus membros, temos, em âmbito internacional, a Independência dos Estados Unidos, a Revolução Francesa, a Independência dos países Sul Americanos, e, no Brasil, sua Independência, a Abolição da Escravatura, a Proclamação da República.

Mas, a Maçonaria não vive apenas da lembrança de suas tradições, se preocupa e procura soluções pacíficas para os problemas atuais da Humanidade, tais como a poluição, a globalização, os nacionalismos, o problema dos sem terra, da reforma agrária, dos índios, da juventude, da mulher, dos idosos, dos excluídos, dos sem tetos, das drogas, a democracia, os governos totalitários ou autoritários, o capitalismo, o comunismo, o socialismo, enfim tudo aquilo que toca de perto na vida do Homem, e que o impeça ou o impulsione para a felicidade que é seu fim supremo.

A Maçonaria no Brasil teve suas primeiras Lojas no século XVIII, sendo finalmente institucionalizada aos 17 de junho de 1822 com a fundação do Grande Oriente do Brasil, sua Célula Mater.

Houve em sua história diversas dissensões, havendo atualmente além do Grande Oriente do Brasil, Maçons agrupados em Grandes Orientes estaduais independentes e nas Grandes Lojas estaduais, que esperamos estejam novamente unidos sob a égide da Célula Mater, o que não impede que a meta final de todos os verdadeiros Maçons seja a mesma; um mundo onde haja efetivamente: LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE.

Observação: Recomenda-se a difusão deste artigo junto aos candidatos à Ordem.
Secretaria de ritualística do GOSP.
COMPILADO PELO IR\ EDMIR FRANCISCO DE OLIVEIRA - M\M\
GR\BENF\BEN\AUG\RESP\LOJA MONTE LÍBANO N.º 708
FILIADA AO GOSP E SUBORDINADA AO GOB.
Se perguntarem quantos sois, respondereis “SOMOS UM SÓ”.
 


História Sobre os Primórdios da Maçonaria
Irmão Raimundo Rodrigues

 

Como estudioso da filosofia, sabemos, de há muito, que Vico é o pai da "Filosofia da História", estereotipando-a com princípios de uma ciência nova.

Sabemos mais que a "Filosofia da História" é, ainda agora, dominada por conceitos metafísicos, que dificultam a compreensão dos leigos no assunto.

Vejam bem: falamos em conceitos metafísicos e, não, em "Conceitos Invencionistas". O verdadeiro historiador não inventa nada!

Aliás, a "Filosofia da História" surge já no século XVIII, quando se chegou à conclusão de que, do conjunto dos fatos históricos, se poderia tirar uma lei geral do desenvolvimento da humanidade. Daí por que, pensamos nós, os historiadores maçônicos podem mesclar seus trabalhos com considerações gerais acerca da marcha evolutiva dos acontecimentos maçônicos.

Isto, porém, não significa que alguém tenha o direito de sair por aí "fabricando" uma história que lhe saia da imaginação, buscando dar-lhe contornos de História verdadeira.

De nossa parte, fazemos questão de gritar aos quatro ventos que não somos e nem temos pretensões de chegar a ser historiador. Somos, isto sim, aquele pesquisador que se interessa pela verdade histórica.

Se a História não aceita invencionices, a filosofia não admite mentiras. Desculpem-nos a força do termo.

O certo é que se dizemos que a Maçonaria nasceu com os Essênios, ou com os Templários, ou com os Collegia Fabrorum, estaremos afirmando algo que não podemos provar, logo, podemos estar difundindo alguma coisa que seja pura invencionice.

Se a História e a "Filosofia da História" não admitem inverdades, o que dizer, então, da Maçonaria?

O que desejamos deixar bem claro é que só podemos falar em Maçonaria Antiga, quando pudermos escudar-nos em documentos fidedignos.

O mais antigo documento que se conhece da chamada Maçonaria Antiga, ou Operativa, ou de Ofício é o Poema Régio, que é de 1390, portanto, século XIV. Tudo o que se disser anterior a essa data não passa de pressuposição.

É mister nos acautelemos com as invencionices de quem não teve ou não tem coragem de investigar, de buscar a verdade através de documentos que mereçam fé. Há muita gente que vai atrás do ouvi dizer.

A verdade é que ainda há escritores Maçons que propagam que a "origem da Maçonaria" se perde nas "névoas da Antigüidade".

Nenhum pesquisador honesto embarca na canoa furada daqueles que teimam em afirmar que a Sublime Instituição existe há milhares de anos. Só os "inocentes" podem acreditar na absurda afirmação de Anderson, no seu primeiro livro das "Constituições", de que – Adão – nosso primeiro pai, criado à imagem e semelhança de Deus, devia ter possuído as ciências liberais, principalmente a geometria, escritas em seu coração. Baseado nisto, ainda hoje, há quem ensine que a Maçonaria tem seu início no Paraíso terrestre.

Jean Palou reconhece que as origens da Maçonaria estão muito longe de serem claras e não poderia ser de outra forma, e acrescenta: "Anderson faz remontar a Franco-Maçonaria a Adão, sem dúvida por não poder ir mais longe e por lhe faltar a ousadia de atribuí-la ao próprio Jeová".

É evidente que a falta de documentos e registros dignos de crédito, envolve a Maçonaria numa penumbra histórica, o que faz com que os fantasistas, talvez pensando em engrandecê-la, inventem as histórias, sem pé nem cabeça, sobre os primórdios de sua existência.

Há aqueles que ensinam que ela teve início na Mesopotâmia, outros confundem os movimentos religiosos do Egito e dos Caldeus como sendo trabalhos maçônicos. Há escritores que afirmam ser o Templo de Salomão o berço da Maçonaria.

O que existe de verdade é que a Maçonaria adota princípios e conteúdos filosóficos milenares, que foram adotados por instituições como as "Guildas" (na Inglaterra), Compagnonnage (na França), Steinmetzen (na Alemanha). O que a Maçonaria fez foi adotar todos aqueles sadios princípios que eram abraçados por instituições que existiram muito antes da formação de núcleos de trabalho que passaram à história como o nome de Maçonaria Operativa ou de Ofício.

O Irm:. Darley Worm, em excelente trabalho intitulado "Nuvens Preocupantes nos Horizontes da Maçonaria", assinala com muita propriedade que "Para obtermos a idade da Maçonaria, temos de distinguir a Instituição, dos seus conteúdos, estes sim, milenares, conforme alguns autores; eternos, segundo outros... Os conteúdos que a Maçonaria assumiu, já eram milenares quando Salomão nasceu na casa de Davi e é puro delírio febril alguns historiadores falarem em Maçonaria Arcaica, Antiga ou Arqueológica. Os conteúdos com que lidamos hoje, já eram veneráveis para as Escolas de Mistérios (Elêusis, etc.), para os teosofistas, para os rosacruzes, para os gnósticos, para os alquimistas, para os Collegia Fabrorum; ainda que tenham um grande número de pontos em comum mas... nem Pitágoras, nem Jesus, nem Platão, etc., eram Maçons, pela simples razão de que a Maçonaria (como Instituição) nem havia sido criada".

De algum tempo para cá, após a criação da Loja de Pesquisas Maçônicas "Brasil", de Londrina, têm surgido historiadores e pesquisadores Maçons que se têm dedicado, de corpo e alma, como lá se diz, à busca de documentos primários ou secundários que possam trazer luzes aos mistérios que envolvem a Maçonaria primitiva.

Frederico Guilherme Costa, historiador maçônico de primeira água, no seu livro "Maçonaria na Universidade-2", diz que "O conjunto de organizações de Ofício, principalmente medievais, são conhecidas com o nome de Maçonaria Operativa ou de Ofício. Sempre existiram, no passado remoto, associações de operários ligados à arte de construir, mas não eram organizadas na forma das futuras corporações com sentido corporativista. Alguns autores sustentam o ponto de vista de que a primeira associação organizada por rígidos estatutos, foi as dos Collegia Fabrorum romanas criadas no séc. VI a. C.. Na antiga Roma os colégios representam corporações profissionais tidas como fundadas por Numa Pompílio. Apesar de alguma semelhança dos costumes dos colégios com a futura Maçonaria do período operativo, nada nos autoriza a identificação destes colégios com a futura Ordem Maçônica, sequer como paradigma".

Frederico Guilherme Costa, depois de muita pesquisa, chega à conclusão honesta de que sequer se pode tomar os Collegia Fabrorum como modelo, quando se pensa em Maçonaria Operativa.

Já outros escritores, não historiadores, afirmam doutoralmente que os Collegia Fabrorum são a base onde repousa a Maçonaria Operativa.

É certo que os historiadores e os pesquisadores conscientes se baseiam, acima de tudo, nas Old Charges.

As mais citadas pelos bons autores são:

* Manuscrito de Halliwell ou Regius, séc. XIV

* Manuscrito de Cooke, séc. XV

* Manuscrito de William Watson, séc. XV

* Manuscrito de Tew, séc. XVI

Sabe-se que existem, na Grã-Bretanha, cerca de 87 manuscritos de Old Charges.

Seria, realmente, o Poema Régio, também chamado de Manuscrito de Hallliwell o mais antigo documento da Maçonaria de Ofício?

Os melhores autores, a aqueles em quem podemos confiar, dizem que sim. Citaremos apenas dois, para não nos alongar em demasia.

Le document authentique le plus ancien date, lui, des annés 1390-1400; c’est le fameux Peème Maçonnique connu également sous les noms de Manuscrit Regius (Royal) ou Manuscrit Halliwell, (du nom de son prémier éditeur)... (Serge Hutin, in "Les Francs Maçons", Collections Le Temps qui Court – Éditions du Seuil – Paris, p. 53). *

O mais antigo texto é o Regius, manuscrito real, como seu nome o indica conservado no Museu Britânico de Londres... o Regius dataria dos anos 1388-1445 (Jean Palou, "A Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática", Ed. Pensamento, tradução do francês, edição de 1964, São Paulo, p. 33).

Pode-se supor que as Confrarias Alemãs de Construtores, cujas mais antigas eram a de Magdebourg, criada em 1211 e a de Colônia, criada por volta de 1250, fossem organizações maçônicas. Vejam que dissemos ...pode-se supor.

É certo que a maior dificuldade que se põe diante do pesquisador honesto é a falta de documentos primários que lhe atestem a existência, em determinada época, da instituição pesquisada.

Muitos documentos primários se perderam na poeira inexorável do tempo. Muita coisa deixou de ser escrita porque era preciso estabelecer a lei do silêncio, como um meio de autodefesa das confrarias.

Quais seriam os segredos do Maçom operativo?
Cremos que eram segredos exclusivamente profissionais, guardados com rigor, sobre a arte de construir. É bem de ver-se que, na Idade Média, só se conhece um tratado de arquitetura, totalmente incompreensível aos que não fossem grandes conhecedores do assunto.

Finalmente, para que se entenda a razão por que muitos documentos desapareceram, vamos transcrever, numa tradução nossa, o que diz Serge Hutin, no seu "Les Francs-Maçons", pág. 53:

A raridade de documentos maçons, anteriores à Maçonaria especulativa, explica-se, sem dúvida, pelo auto-de-fé realizado em 24 de junho de 1719, pelo pastor Desaguliers, então o Grão-Mestre da Grande Loja da Inglaterra. Este pastor protestante resolveu destruir todos os documentos que, a seu ver, estivessem impregnados de "papismo" e, assim, dissimular as alterações que ele já havia feito nas regras fundamentais da Maçonaria.

E quantos e quantos documentos antigos não teriam sido destruídos pela ignorância ou pela má fé?

Precatemo-nos, todos os que amamos a verdade histórica, com as afirmações e ensinamentos que não se estruturem em documentos que mereçam fé.

Não nos esqueçamos, jornalistas, articulistas, escritores, historiadores que verba volant sed scripta manent.

* O documento autêntico mais antigo data dos anos de 1390-1400; é o famoso poema maçônico conhecido igualmente sob os nomes de Manuscrito Regius (Real) ou Manuscrito Halliwell, (nome de seu primeiro editor)...

BIBLIOGRAFIA

1. COSTA, Frederico Guilherme. "Maçonaria na Universidade-2". Londrina: "A TROLHA", 1996.

2 HUTIN, Serge. "Les Francs-Maçons". Paris: Éditions du Seuil, 1976.

3 PALOU, Jean. "A Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática". trad. do Francês. São Paulo: Pensamento, s/d.

4 PETERS, Ambrósio. "O Manuscrito Régio e o Livro das Constituições". Londrina: "A TROLHA", 1997.

5 VAROLI FILHO, Theobaldo. "Curso de Maçonaria Simbólica". 1º Tomo (Aprendiz). São Paulo: "A Gazeta Maçônica", 1976.


Maçonaria no Brasil
 
Generalidades

O grande feito da Maçonaria, já nos séculos XVII e XVIII, foi exportar o ideal revolucionário e republicano para toda a América (do Norte e Latina). Foi a grande mudança de paradigma. Centros geográficos como Olinda e Recife, Salvador, Tijuco (depois Diamantina) e Vila Rica (depois Ouro Preto), até mesmo em função da tremenda mudança de paradigma que foi a colonização das Américas, já reuniam grande riqueza e grande número de imigrantes. Luxava-se mais em Olinda e Vila Rica do que mesmo em Lisboa.

Como o ideal de Fraternidade é de natureza expansionista, as idéias de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, logo varriam todas as Américas. Em 1760, por exemplo, já não havia colônia americana que não fosse permeada pela Maçonaria.
A primeira loja regular em Portugal data de 1727, embora se tenha notícias de atividades maçônicas antes disso. Em 1744 o Sr. Sebastião José de Carvalho e Melo, português, foi iniciado em Londres, durante uma festa de São João. Esse cidadão português mais tarde foi sagrado Conde de Oeiras e, depois, Marquês de Pombal.

Um outro centro irradiador de idéias e ideais, já desde 1620, era a Faculdade de Medicina, Ciências e Letras, da Universidade de Montpellier, na França; manteve ligações permanentes com figuras como Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, John Adam, Domingos Vidal Barbosa, José Mariano Leal, Domingos José Martins, José Joaquim da Maia e José Álvares Maciel entre outros; no século 18, em Montpellier, havia mais do que 10 lojas maçônicas livremente fermentando idéias republicanas nos diferentes estudantes de todos os cantos do mundo.

Primórdios brasileiros
Kurt Prober, que sempre escrevia apoiado em sólida documentação, cita em sua bibliografia (“Cadastro Geral das Lojas Maçônicas”) que a primeira atividade maçônica brasileira que merece registro foi em 1724, na “Academia Brasílica do Esquecidos”, onde foi iniciado o Padre Gonçalves Soares de França, o Coronel (e historiador notável) Sebastião da Rocha Pitta, o Desembargador Caetano de Britto e outros. Mais tarde todas as atas dessa sociedade secreta foram queimadas.
O argentino Alcebíades Lappa, em 1981, em tese internacional, usando um Livro de Atas do Duque de Norfolk, em Londres, provou que o Ir.: Randolph Took foi designado, já em 1735, como Grão-Mestre Provincial para a América do Sul ( o que equivalia a dizer Brasil).
E mais ainda, há uma carta do médico inglês Robert Young, em nome da Loja de São João, de Buenos Aires, em 1741, dirigida à Loja de São João do Brasil, recomendando-lhe o Ir.: Richard Lindsey que se encontrava no Brasil.
Há vestígios da existência, em 1750, de um grande Oriente Maçônico, em Salvador, vinculado ao grande Oriente da França, com fortes tendências liberais e republicanas. No Rio em 1752 foi criada a Associação Literária dos Seletos.
 
GOB
Criado em 17 de junho de 1822, o Grande Oriente do Brasil - GOB, única potência brasileira a deter o reconhecimento primordial, secular e definitivo da Loja-Mãe da Inglaterra, inscrito entre as quatro ou cinco maiores potências maçônicas do mundo, tem cadeira cativa e fortemente destacada na história do país, tanto no período monárquico quanto no republicano. O século 18 foi marcado pelo Iluminismo, o 19 pelas ideologias e o 20 pela emergência e domínio das tecnociências.

Estado da Arte
No século XX três (3) vertentes científicas mudaram a face da humanidade com efeitos revolucionários radicais:
  • a manipulação do átomo ( e a energia atômica) => desde a dizimação de cidades inteiras comcentenas de milhares de mortos, até a pesquisa na agricultura, na medicina e na química, com radioisótopos para medir taxações diversas, radioterapia, estados de nutrientes etc.; a energia atômica e a física nuclear tocam um papel importante no concêrto das nações indicando o parâmetro principal na questão da hegemonia entre eles (quem tem mais manda mais);
  • a manipulação do gene (a biologia molecular e a biotecnologia) => o conhecimento da estrutura genética tem produzido inúmeros benefícios, mormente na agricultura, onde aumentou substancialmente a produção e a produtividade na plantação e colheita dos gêneros horti-fruti-granjeiros; pesquisa de germoplasma têm sido muito importante na construção de cadeias nutrientes mais viáveis e assimiláveis; o estudo de clonagem tem introduzido grandes barateamentos na produção; estima-se que dentro de 30 anos (ou menos) a técnica de criogenia estará totalmente dominada e disseminada;
  • e a tecnologia de redes de computadores => minimizando a tirania que tempo e distância sempre impuseram sobre o gênero humano; com o computador vence-se, em parte, a tirania do tempo, dando-se agilidade às tarefas de memorização; e, pelas redes de computadores, minora-se o efeito maléfico das distâncias a serem vencidas, dado que o homem pode manifestar-se, simultaneamente, em dois ou mais lugares do planeta pelo uso e exploração da tecnologia de redes.
O gênero humano está entre 2 (dois) mundos, quais sejam: o mundo natural (da Natureza) e o mundo cultural (da construção cultural originária da própria mente humana). A cultura é obra do homem que, com o seu fazer e o seu saber, age sobre a NATUREZA. O homem, portanto, muda a Natureza e a Natureza mudada muda o homem; por exemplo: o rio São Francisco, da unidade nacional, é natureza, já sua transposição das águas, é canal, é cultura.
As mudanças, que implicam ruptura com a ordem estabelecida, são todas temáticas; não obstante isso até o início do século XX as mudanças eram administráveis. e agora?!
O quadro atual da humanidade, portanto, tem sido marcado pela entropia e pela difusão caótica dos costumes e dos conhecimentos como se apontasse para o momento da virada total em que surgirá a ORDEM (nascida do caos)! A cultura, que na Idade primitiva era transmitida pela tradição oral - passando pelos monges copistas, da Idade Média, e pela imprensa de João Gutemberg, no Renascimento -, hoje já está sendo veiculada pela multimídia, que é um substrato computadorizado que canaliza Dados, Voz, Vídeo e Videoconferência, sob a forma abstrata de bits, pela rede!

Fonte:


 
Maçonaria no Mundo
 
 
Fundamentos:

A Maçonaria é Associação política, religiosa, esotérica, filosófica... ?
Embora exiba componentes variados que guardam, no âmbito da Ordem, nuanças características de todas essas vertentes, a essência da Maçonaria não se identifica com nenhuma delas, em particular. O fim do século XX, em plena Era da Informação e do Conhecimento, viu crescer a pesquisa sobre a maçonaria. Interesses comuns de instituições maçônicas e de pesquisadores acadêmicos mesclaram-se. Essa forma de agremiação produz e é produto, a um só tempo, de interesses e aspirações, de convergentes e divergentes.

Fato social (sociabilidade):

No fundo, no fundo, a maçonaria encarna um soberbo exemplo de dicotomia, ou melhor, da contradição existente entre o fato social e sua própria representação; é que:
a) os textos e arquivos históricos existentes falham ao explicar as origens desse grupo de
pertença - em três níveis de pertença “justapostos”: o maçom propriamente, a Loja e a Obediência -, no início do século XVIII, tanto na Inglaterra ou Escócia quanto, em seguida, na França;
b) a plasticidade, em suas multivariadas formas e estilos, das Lojas torna temerária toda e
qualquer generalização, que vai abranger vasto domínio entre a sociabilidade tradicional e a sociabilidade democrática; entre a reflexão esotérica e a militância política (embora nunca partidária);
c) a cultura que serve de base para o segredo maçônico, tanto da parte dos maçons quanto das
associações maçônicas, ao mesmo tempo, demanda acusações e defesas tudo em prol dos próprios interesses maçônicos;
d) a influência da maçonaria suposta e, às vezes, celebrada por maçons é raramente estudada
e trabalhada em larga escala, de modo sociológico ou social (como nesta breve abordagem);
e) e, sobremaneira, a Iniciação e o(s) Rito(s) praticado, cerne da Ordem Maçônica, requerem cultura densa, insofismável e específica, plasmada dentro do vasto campo da crença, para o pleno entendimento dos significados e extensão dos conceitos.
A contradição, situada entre a realidade maçônica e sua imagem, resta desvantajosa, presentemente, diante da expressa vontade institucional de aumentar o recrutamento e, simultaneamente, erradicar as possibilidades de achaques e ataques gratuitos, aqui e ali, de que é vítima a Ordem.
O fato social maçônico - a despeito dos quase três séculos de existência da chamada maçonaria “especulativa” ou “moderna” - é pobre e parcialmente descrito, ainda hoje, quer nas obras sagradas ou polêmicas, quer pelos maçons (individualmente) ou pela mídia ou, ainda, pelas instituições maçônicas ou por quem as hostilizam, enfim, pela expressiva maioria dos atores envolvidos nesse fato social.
O espaço social maçônico, nesta Era do Conhecimento em que se vive, caracteriza-se por obediências que tecem sociabilidade em bases e identidades específicas. Diferentemente dos séculos anteriores, a Ordem Maçônica tem administrado seu espaço social, mediante o protagonismo de seus atores, suas regras “interna corporis”, seus preceitos e seus conflitos domésticos, de forma bem autônoma, a despeito dos embates do passado com a política de governos despóticos e a religião “detentora do monopólio” do sagrado.

Modernidade:

No mundo contemporâneo, e a Ordem Maçônica não é refratária a isso, as sociedades sofrem o fenômeno da desinstitucionalização. Este fato social atinge todas as instituições (religiões inclusive) cuja razão de ser é a de guardar e disseminar uma Tradição.
Aí, então, o progresso atual conspira a favor da autonomia da pessoa e a consequente individualização do “credo maçônico”, ou seja “é a crença sem pertença”.
Salvo listas e listeiros regidos por moderadores eficientes e dotados da necessária seriedade e fidedignidade aos preceitos, premissas, princípios, procedimentos e proposições da Ordem, uma das conseqüências do fato social fenomênico (acima) é o crescimento de Ordens espúrias (não reconhecidas), sem qualquer tratado válido para “inserção” e amizade, bem como a infestação de crises, revelações, conflitos, confrontos, pela Internet, quase nunca merecedores de fé e ou credibilidade em muitas listas e listeiros.
A Maçonaria, enquanto instituição iniciática, repleta de ensinamentos místicos e simbólicos, é um sistema de moral e ética que não deriva da antropologia religiosa.
Pensar em um Estado onde se possa estar organizado, vivendo livres, aprendendo e ensinando, sendo a expressão da Vontade manifestada às claras e sem compromisso escuso, com certeza é, ainda, simples aspiração e utopia. Mas é exatamente nas utopias e nos sonhos onde se encontram os responsáveis pelo movimento do mundo.

Utopia:

A utopia não é pura e simplesmente uma obra de fantasia; o mundo ideal que revela, está fortemente relacionado com a história do homem em sociedade. A sociedade, sob os auspícios e augúrios das crises, em que o mal tende a prevalecer sobre o Bem, a injustiça sobre a justiça, o falso sobre o verdadeiro, o ódio sobre o amor, é a tese. A utopia é a perspectiva contrária, é a antítese imersa em um mundo dialético.
Nunca, como agora, a Maçonaria aproximou-se tanto da utopia restauradora como nesse 3º milênio, dado que só o pensamento místico será capaz de lidar, a um só tempo, com medo, violência, criminalidade, ricos e miseráveis, limpeza étnica etc...
A Maçonaria e seus adeptos prova e comprova que é possível viver ao lado do Ara – Altar dos Juramentos, balizados pela idéia do sagrado e orientados pela lenda ou mitologia, agir de modo consentâneo com a realidade circunstante de cada nação em que está sediada (de modo extraterritorial), lograr ser visível, permanente e bem sucedida, sempre municiados por uma doce utopia.
A utopia ou ilusão da virtude, dos valores axiológicos, da Verdade, do espaço social maçônico, se, de um lado, pode plasmar, no obreiro, uma “metamorfose ambulante”, bem de acordo com a Era da Informação e do Conhecimento, atual, por outro lado dá o mote, o foco e a convergência para as lides maçônicas, além de “construir o homo maçonicus”, o ser do futuro.

Espaço social:

O viés do espaço social maçônico, ainda polarizado pelas idéias de forma (institucional) e conteúdo (parte substantiva) desdobram-se em complexidades que minimizam a contradição derivada da atuação. Vigoram, como pano de fundo, questões abertas e indagações primordiais derivadas do lado substantivo (ou substancialista) e derivadas do lado institucional.
  • Espaço Social Maçônico substancialista:
Maçonaria é grupo de pertença, com Forma e Conteúdo: a Forma é mais ou menos institucionalizada, a despeito da potência em tela;o Conteúdo é formado, principalmente, do Credo, do Rito e do Segredo. Forma e Conteúdo mudaram e ainda mudam, no tempo e no espaço (há Rito Mexicano, Rito Brasileiro, Rito Sueco ..., ao lado dos Ritos mais tradicionais). Inúmeros textos (obras) publicados tendem a acentuar substantivamente o efeito da continuidade (da tradição) e a minorar as diferenças, as transformações e as rupturas.
  • Espaço Social Maçônico institucional:
A história da maçonaria é centrada nas instituições e acaba por desprezar o investimento individual de cada obreiro;
-que razões atraem o profano para viver ao lado do Ara?
-por que ser maçom? Por que ser assíduo nas reuniões maçônicas? Por que afastar-se e ficar
irregular?,
-como o rito e sua cosmovisão são ensinados?
-deve-se revelar ou não a inserção no espaço social maçônico?
É a defasagem existente entre a sociedade ideal e a real, entre o diireito e o fato (com seus fados e fardos da vida), entre o ordenamento jurídico da democracia profana e as crises do mundo contemporâneo - nos planos ecológico, moral, social, decadência espiritual etc... - que motivam o maçom e a maçonaria a trabalhar, coletiva ou individualmente, em prol da melhoria da família, da sociedade, da pátria e da humanidade.
O discurso maçônico, então, está sempre medindo, avaliando, a distância que separa a sociedade ideal - construída “interna corporis” nas lides maçônicas da Oficina - do mundo real, “externa corporis”, onde mora o obreiro e porfia sua própria existência Engajamento, harmonia consigo mesmo, certas inquietações e questionamentos metafísicos, caráter excepcional da sociabilidade maçônica, calor humano, fraternidade, entendimento, por exemplo, são coisas que só os maçons possuem!

Pelo mundo

Maçonaria nas Américas:
  • EUA
Há duas possibilidades na maçonaria americana, para além de ser o país com o maior número de maçons, quais sejam:
- a existência paralela de dois sistemas independentes, um para negros e outro para brancos,baseados nos mesmos modelos;
- as Grandes Lojas desenvolvem seus trabalhos autonomamente, nos estados, sendo 50 (menos o Hawaii) de brancos, e 41 de negros (no círculo dos quais é bem maior a militância no espaço público). O número de maçons, neste país, é estimado em algo próximo de três milhões de obreiros, com menos do que 15% de negros.
  • CANADÁ
O Canadá, país pertencente ao Reino Unido, sofre influências das pertenças maçônicas de, pelo menos, três nações, a saber:
-EUA pela proximidade e quantidade de obreiros ativos neste;
-Grã-Bretanha pela ascendência cultural em relação aos anglófonos; e
-França idem quanto aos francófonos, que ocupam regiões importantes do Canadá.
  • MÉXICO (e Latinos)
Em que pese a influência e a proximidade americana, o México está bem integrado na Confederação Maçônica Interamericana, cuja próxima Grande Assembléia, em 2012, será sediado no Brasil/GOB.
A Carta de Bogotá, resultante da XXI Grande Assembléia, em 1-5.ABR.2009, reiterou preceitos, premissas e princípios milenares, passou em revista o cenário de desenvolvimento e progresso das nações, inspecionou o atual estágio da ciência e da tecnologia e reafirmou intenções de transformar em ações o pensamento maçônico. Os signatários, em número das maçonarias de dezoito países, contaram, também, com a chancela de três países europeus, como observadores.

Maçonaria na África:

A influência da colonização fez com que a maçonaria africana fosse de importação britânica ou francesa. A independência das nações africanas, aqui ou ali, fez com que as Lojas estrangeiras formassem obediências nacionais.
As relações maçônicas nacionais e continentais tendem, presentemente, a copiar e aprofundar as facções de liberais (não reconhecidas) e regulares, dos moldes europeus. Já no século XXI as pertenças maçônicas são, em maior número, francófonas.

Maçonaria na Europa Oriental:

Europa Ocidental (onde a maçonaria, única Ordem Iniciática ocidental, nasceu) e EUA colaboraram e, ainda, colaboram, desde a queda do Muro de Berlim (1989), quanto à retomada das atividades maçônicas nos antigos países comunistas, fornecendo ritos, materiais, recursos pecuniários e livros.

Fonte:




Como posso me tornar Maçom?
 

Antes de mais nada, o postulante ao ingresso nos quadros da Ordem Maçônica, deve autoavaliar-se em busca de valores, costumes, atitudes (interiores), e comportamentos sociais exteriorizados cotejando-os com algumas premissas a seguir apresentadas.
O Candidato deve, portanto, identificar-se com os aspectos a seguir:

Legal:
- ser emancipado e ter completado 18 anos antes da cerimônia de Iniciação;
- ser dependente pecuniariamente, obter anuência dos tutores ou genitores;
- ser engajado em união estável, contar com a concordância da esposa;
- ser um homem íntegro, ligado e atualizado em relação ao seu tempo;
- ser empreendedor e capaz de assumir responsabilidades;
- ter emprego, residência e domicílio fixos, no Oriente (estado, município) pleiteado; suas atividades profissionais devem ser lícitas, não importando o metier;
- esperar encontrar na Loja pleiteada, homens livres, de bons costumes, capazes de realizar obras poderosas em benefício da Humanidade, da Pátria e da Família;

Doutrinário:
- ter religiosidade, melhor do que religião;
- crer em Deus, acima de tudo;
- ter uma idéia clara da virtude e do vício, adotando aquela e rejeitando este;
- estar apto a apreender conhecimentos litúrgicos e filosóficos;
- distinguir entre religião e maçonaria;
- ser respeitado na Iniciação, não só pelas características esotéricas, exotéricas e metafísicas do evento, como pelo significado simbólico trazido pelas nossas tradições e regularidade;

Prático:
- apresentar bons costumes;
- ter boa família;
- seguir as leis;

Metafísico:
- ser receptivo às idéias;
- estar ideologicamente alinhado com a idéia de Deus;

Da tradição:
- estar apto; ou pronto, disposto e capacitado, "sponte SUA";

Iniciático:
- creditar respeito ao processo;
- manter o espírito receptivo ("nada lhe será cobrado; tudo lhe será dado");

A admissão à Maçonaria é restrita a pessoas adultas sem limitações quanto à raça, credo e nacionalidade, desde que gozem de reputação ilibada e que sejam homens íntegros.
Nenhum homem, por melhor que seja, poderá ser recebido na Maçonaria, sem o consentimento de todos os maçons. Se alguém fosse imposto à Maçonaria, poderia ali causar desarmonia, ou perturbar a liberdade dos demais, o que sempre deve ser evitado.
A aceitação do pedido de ingresso na Ordem depende bastante da declaração de motivos do candidato. A Ordem espera que o candidato seja sincero perante sua própria consciência, quando do preenchimento da proposta de admissão.
Quando alguém se candidata a ingressar na Maçonaria, é verificado em sindicância se dispõe de ganhos pecuniários que permitam cumprir os compromissos maçônicos, sem sacrificar a família. Vale dizer que nenhum homem casado poderá entrar para a Maçonaria sem que a esposa esteja de acordo.
É óbvio que, ao se iniciar na Maçonaria, o indivíduo deverá assumir compromissos derivados de participação engajada e responsável nas lides maçônicas. Entre os compromissos e responsabilidades, encontram-se aqueles de estudar, com mente aberta, as instruções maçônicas, bem como, o de considerar denso sigilo sobre os ensinamentos recebidos e contribuir pecuniariamente para a manutenção de sua Loja e sua Obediência. Os compromissos e responsabilidades, a propósito, são do mesmo gênero daquelas encontradas em qualquer associação humana.
É fato inconteste que uma das finalidades da Ordem é a de implantar sistematicamente na sociedade humana uma efetiva fraternidade entre os homens.
Ao contrário do "folclore" que alimenta a crença de muita gente, a Maçonaria não é uma sociedade secreta e exerce suas atividades extensivamente, sob o pálio da legitimidade de sua natureza e da legalidade de seus atos e fatos administrativos, fiscais e tributários. Suas Propriedades, Constituições, Emendas, Regimentos e Estatutos são registrados em cartório de imóveis, títulos e documentos, e publicados em Diário Oficial.
Uma vez Iniciado, o postulante torna-se Maçom, e, como tal, estará, para todo o sempre, sob constante vigilância de sua própria consciência e dos demais Maçons.
Isso posto, havendo seu interesse em "entrar" na Maçonaria, entre em contato com um Maçom de seu conhecimento ou com uma Loja Maçônica de sua cidade.


 Fonte
ARLS Semeador da Fraternidade 2803
Rua Iguatinga, 93 - Santo Amaro - São Paulo/SP – Fone: 11 2659-5735
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